domingo, 31 de julho de 2011

Entrevista - Walled Garden


Em sua formação original, a Walled Garden contava com Emerson (guitarra e vocal), Erlan (bateria), Izidoro (baixo) e Alberto (guitarra). Com a saída de Emerson, Leandrinho assume os vocais por uma apresentação da banda fora de sua cidade natal. Logo em seguida quem ocupa seu lugar é Arthur (Sapão). Assim se resultou a banda em sua formação mais explosiva. Prestes a finalizar suas composições próprias, a Walled Garden promete para breve seu aguardado disco de estréia. O que ‘começou como uma zoeira, acabou por se tornar um projeto sério’, afirma Izidoro.

Em quê essa alteração na formação mudou na ‘fórmula’ da banda?
Izidoro: Bom, a banda foi amadurecendo com o tempo, e tínhamos a necessidade de ter gente na banda com mais compromisso. Depois do show em Ituiutaba fizemos uma reunião e decidimos que não dava mais. Cara, a nova fórmula é forte (risos). Hoje eu acho que temos a mesma idéia, o mesmo objetivo. Temos diferenças, é claro, mas acho que elas só nos fazem crescer!
Erlan: Mudaram as visões da banda, a direção. E acho que melhorou tanto em questão de composição quanto de covers.

Para quem não os conhece, tentem descrever a origem de cada timbre e batida de sua música, e como cada integrante ajuda na mesclagem dos elementos?
Erlan: Nossa música tem muita influência de Hard Rock e de várias bandas setentistas e grunge. Acho que a mistura disso tem sido bem relatada nas nossas composições que futuramente estará disponível na nossa demo. E penso que cada integrante traz uma influência diferente, nós todos temos influências bem diferentes, então a gente tenta mesclar isso pra fazer um som mais a nossa cara.
Izidoro: O que eu mais gosto é de compor, e na Walled Garden foi muito espontâneo esse lado, por que cada um tem sua personalidade e influências, então a gente se achou muito rápido e isso foi o que mais ajudou no produto final.

Porque fazer música, e não qualquer outra coisa?
Erlan: Porque a música é uma paixão em comum de todos, e nos reunimos pra tocar uma vez sem compromisso, a interação de todos foi muito boa e muito rápida, então juntamos a diversão e a vontade de um dia viver de música e começamos a levar a sério. Acho que tem que haver acima de tudo a diversão; se é divertido a coisa funciona bem melhor.
Izidoro: Por que ta no nosso sangue, cara. Quando você começa a gostar de rock, você quer aprender, tocar, mas não são todos que tem aquela vontade de levar a vida assim, já nós sim. Já até discutimos muito disso, o que é preciso quando se quer algo sério.

Qual a relação pessoal de vocês com outros estilos além do rock?
Izidoro: Bom, eu gosto de muita coisa aí que não é rock. Mas eu gosto de música, cara. Não me venha com uma merda aí dizendo que é música! Eu fico puto com isso. Hoje em dia trocaram o profissionalismo com um comércio, uns compram música, outros vendem, isso faz com que o valor da música seja perdido, ou trocado por dinheiro!

Quais as referências musicais de cada um em seus respectivos instrumentos?
Erlan: Minha referência é Jhon Bobam, Dave Grohl, Sean Kinney, Taylor Hawkins, Matt Camaron, Roger Earl, e por aí vai...
Izidoro: Adoro o Geezer Butler, o cara é muito bom no baixo. Mas meu jeito na hora de compor é diferente, por que eu sempre quero fazer algo de diferente que seja legal. E personalizar da forma mais Lucas Izidoro que eu conseguir! (risos).

Qual a experiência de cada um de vocês com a música, já tiveram (ou têm) outras bandas além do Walled Garden?
Erlan: Acho que todos nós já tivemos outra banda. (risos) O Sapão cantava em barzinhos, eu tinha uma banda com o Emerson, o Izidoro ficou um tempo numa banda trash, o Alberto esteve em outra banda também, então já estávamos acostumados com essa coisa de banda, ensaios e tal.
Izidoro: Toquei algumas coisas; Hard, rock nacional... Na minha última banda, que não durou muito, nós tocávamos Thrash/Death Metal, e tinha um nome que era provisório, Selfdestruction. Foi legal, não tinha covers, mas por algumas circunstancias deu certo! Hoje eu tô, além da Walled Garden, com o grande músico Diogo Vidal, com a banda de rock nacional e toco na orquestra de Flautas da UEG, e em um projeto sinfônico tocando violoncello... E tenho um projeto solo que mais pra frente revelarei. (risos)

Aproveitando a deixa sobre as bandas em que tocaram, como vocês vêem a cena na época em que começaram e como está atualmente?
Erlan: Antigamente a galera era mais unida, tinha mais vontade de fazer as coisas acontecerem.  Hoje tá tudo muito disperso, ninguém liga pra nada. Não se importam muito em deixar o espírito de união e de eventos e encontros pra curtir um som acabar.

Mas você diz em termos de “sociedade de encontros” ou de um grupo que se presta a algo?
Erlan: Sociedade de encontros! Antigamente a galera toda se reunia nos finais de semana, hoje quase não se vê ninguém, e quase ninguém tem iniciativa pra promover eventos pra galera que curte. Isso ficou apagado durante um bom tempo. Foi por esses tempos agora que começaram os eventos, e espero que não parem mais.

E qual o papel da Walled Garden nessa mudança do cenário musical?
Erlan: A Walled Garden tem tentado se manter sempre presente em tudo, tanto tocando em shows quanto auxiliando na organização. O primeiro Rock in Roça que teve, acho que nem esse nome era, o Izidoro que ajudou na convocação de bandas e algumas outras coisas, e sempre levando o nome da banda.

A banda, recentemente, abriu o Workshow do Hangar (banda de Aquiles Priester, ex-Angra). O que esse Workshow mudou na forma de ver e ouvir música de vocês?
Erlan: O Workshow mostrou que mesmo depois de algum tempo de carreira pode haver uma grande mudança na banda, digo isso porque o novo disco deles ficou uma coisa bem diferente do que costumava ser o som da banda, e em temos de ouvir acho que tiramos o maior proveito lembrando que sempre é bom buscar novas influências, novos experimentos pra música.
Izidoro: Bacana destacar isso, cara. Na verdade mudou na forma de trabalhar. Eu tava lá desde a passagem de som até o final do Workshow, e acabamos tirando um exemplo de profissionalismo e bastante disciplina, mesmo eu achando que a disciplina fica a desejar!

E, claro, como foi abrir o show pra uma banda de maior projeção como esta, e como surgiu o convite?
Erlan: Abrir o show pra eles teve uma grande importância pro nosso currículo. É sempre bom você ter o privilégio de abrir show pra uma banda já concretizada no cenário musical. Bom, não foi bem um convite. Chegamos de intrusos (risos). Quando ficamos sabendo que eles viriam tocar aqui, eu insisti com o Izidoro, pra que a gente tentasse abrir o show deles, aí resolvemos tentar. Deu muito trabalho. Chegou no dia o povo da banda disse que ninguém tinha falado pra eles de banda de abertura (tínhamos falado até então com os organizadores). Aí o Izidoro que tem mais tempo disponível conversou com o Aquiles, deu trabalho, mais ele acabou conseguindo, e então fomos tocar lá.
Izidoro: De primeira, a produção fez sacanagem com a gente, pra variar. Daí o que estava planejado foi tudo por água abaixo. Foi meio improvisado por causa do espaço, do local, e até acabou atrasando. Mas foi muito legal, estávamos estressados, mas quando começamos a tocar aí compensou tudo. O melhor foi que quando tudo acabou, os 5 (da banda) e o mesário vieram parabenizar a gente e pegar contato da gente. Foi bacana!

Como é um show do Walled Garden? O que o público pode esperar ao ir a uma apresentação de vocês?
Erlan: Podem esperar um show bem animado, e com um repertório diversificado. Estamos sempre com muita energia pra transmitir ao público.
Izidoro: Bom, podem esperar um repertório e uma presença suicida. E podem esperar as nossas músicas que estamos finalizando e sairá em breve. As músicas escolhidas são mais pesadas, com bastante pegada e riffs. E quando as músicas saírem, os nossos shows não faltarão mais nada. Vamos levar coletes salva-vidas, glicose... (gargalhadas) Brincadeira!

Obrigado pela entrevista. E pra finalizar, sintam-se livres pra deixar seus contatos, recados ou desabafos.
Erlan: Galera, estejam presentes em nossos shows! Contato: 9289 – 9629. Beijo na bunda.
Izidoro: Valeuzão aí pela entrevista. Bom, peço para que a galera daqui da cidade acompanhe a banda pelo Orkut, comunidade (e-mail: walledgardenband@hotmail.com ). Em breve estamos com o myspace pronto, e pedimos pra galera acompanhar aí que a banda ainda tem muito o que mostrar. Abraço e sucesso pra galera do Fanzine Overdose Cultural. Tamo junto. Obrigado!

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